sexta-feira, 18 de julho de 2008

a la folie.

Borrocou o espelho com batom e com as mesmas palavras, mas não com o mesmo rosto. Escreveu com sangue as duas palavras que sua raiva lhe deu de presente. Amarrou uma fita em seu braço dilacerado pela vigésima vez e se escondeu atrás de um casaco branco e uma carapuça forte que enganava até os mais espertos, e até ela mesma. Ela não sabia como agir, agiu por impulso e se sentiu incrivelmente melhor. Coração quebrado por dentro, braço dilacerado, palavras perdidas. Não sabia o que fazer, estava desnorteada, sem sentido, sem propósito, cem. Cem motivos, cem palavras, cem-sem-por-quês. Saiu para tentar se acalmar. Sua carapuça era perfeita, mas seu casaco branco em um dia quente a fazia parecer louca. Ela não se importava, o que estava encravado em seus pulsos significava mais. E a cena que viu mais tarde, fez seu coração parar nos rins.

"Chega de lágrimas" - ela pensou.
Mas não conseguia parar de chorar. Tentou achar tudo de ruim, mas não conseguiu.
Achou força na amizade e alegria na bebida pra continuar.
Amor? O que é amor?
Ela havia parado de amar.

2 comentários:

Anônimo disse...

nossa...que emo...
;D
UAHEOIUHEAOIUH
bjo

Isabella Mariano disse...

'cem-sem-por-quês'
muito boa essa expressão! :)

se está se sentindo mal, tente não ver só você. veja o MUNDO!