domingo, 26 de dezembro de 2010

Era noite. Noite escura como qualquer noite. Andávamos pelas ruas cheias de árvores e postes até sua casa. Passamos pelo portão branco e a porta de vidro. O ar daquele apartamento era de semi-independência... Você foi tomar banho e eu fiquei do lado de fora. Até que o rapaz, ingênuo e nada sabido, me entregou uma carta endereçada a você. Olhei e nela estava escrito o nome de quem eu havia pedido pra você parar de falar. Abri a porta do banheiro, joguei a carta lá dentro e fui embora. Naquele momento eu descobri o que você é e sempre foi: Um baita de um arroz.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

tristeza não dá em árvore
mas é uma fruta que se come e acaba,
acaba, mas sobra
aquela semente.
semente que é grande, é pequena,
depende do tamanho da fruta e do quanto ela significa pra você.

toda fruta precisa de uma árvore pra crescer
e toda árvore precisa de uma semente pra nascer
e de onde é que veio a semente?
veio da fruta que foi comida.
comida por quem?
por você.
regada por quem?
por você.
colhida por quem?
por você.

tristeza não tem endereço,
nem tempo certo pra acabar.
você mal vê começar
aparece e vai sugando algo em você.
quase sempre tem uma explicação,
a gente só não quer enxergar.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

e sabe o que é que você não sabe?
é que além de me sentir bem quando falo com você,
me sinto mal.
Muito mal.
A pior pessoa do universo.
Me deixa triste.
Ver tudo o que te causei.
Me perdoe.
Você tem seu espaço no meu coração.
E sabe que ele não é nada pequeno.
Você eu amo.
Amo você eu.
Eu amo você.
Só que de outro jeito agora.

Se eu pudesse coletar todas as coisas boas do universo,
te mandaria por sedex,
embrulhado numa caixa com fita de presente,
tudo de mais especial seria seu.

Se tem alguém a quem eu desejo toda a felicidade desse mundo,
esse alguém é você.

Thank you so much.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A lei tão bem colocada,
não serve para gente burra.

"Artigo 2o - Fica proibido no território do Estado de São Paulo, em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco.
§ 1o - Aplica-se o disposto no “caput” deste artigo aos recintos de uso coletivo, total ou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados por parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja permanência ou circulação de pessoas."


e você, seu homem chaminé
vá fumar trancado no seu carro sozinho
e que morra sufocado
eu estarei lá,
você vai me ver te dando o dedo que você me deu
e dizendo SE FUDEU
seu merda.
enfie seu cigarro na bunda
e saia andando com ele aceso.
Não apareça mais por aqui,
ou vou queimar um maço na tua cara.
e tenho dito.

sábado, 9 de outubro de 2010

"Hojes"

e foi a melhor sensação do mundo.
magia.
mágica.
ainda lembro,
sair às 5 da manhã, andar pela rua sombria esbanjando felicidade,
esperar.
esperar pela queima.
esperar pelo mágico.
esperar por aquilo que marcaria um simples encontro indescritível.
foi naquele dia, entre nós,
dividimos o mesmo sentimento
e
guardamos.
no fogo.
no mar.
no sol.
mas,
foi segredo.
é segredo.
e sempre vai ser,
o melhor
segredo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nobody knows it,
but you've got a secret smile and you use it only for me.
Nobody knows it,
but I've got a secret smile and I use it only for you.

A tênue linha entre o amor e o ódio.

pé direito do lado esquerdo,
e o esquerdo do lado direito

O mais suave vento é capaz puxá-la pra lá ou pra cá.
Mas os dois pés nunca estão do mesmo lado...

Opostos e iguais,
completamente imperfeitos um para o outro,
mas...

sabe se lá o por que,
não suportavam um ao outro,
e,
não suportavam estar...
longe um do outro.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Levantou a cabeça.

Mas que arrependimento!


Cheiro de menta.

Nascer do Sol.

Felicidade incomparável.





Caos.
Dor.
Sofrimento.




Alívio.
Comodidade.
Bloqueio.
Normalidade.




Saudade.
Arrependimento.
Bloqueio.





Falta.
Saudade.
Arrependimento.
Bloqueio.




Falta.
Coragem.
Criei...
coragem.

domingo, 27 de junho de 2010

O som da música me hipnotizava de felicidade.
Estar ali sem ninguém e com muita gente
Viver algo que esperou 18 anos para viver
E ver que realmente gosta daquilo.
Deixemos as discussões de lado,
pra aproveitar não precisa ficar com ninguém
é só deixar a música te levar
pro infinito de sua própria mente
expandir horizontes,
beber drinks deliciosos e
viver o momento.
Saber que estar ali é um momento único
que talvez poderá se repetir
mas nunca esquecido será.
Descer no escorregador da vida
encher os pulmões com o ar sem cheiro de cigarro
mas com o cheiro da indecência mental.
Adrenalina nas veias roxas de segurança
e o salto, não alto o bastante pra alcançar o céu de móveis
África no corpo, vips na mão
e...
fomos embora.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

in this crowded room:
sorrow.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Amizade de ônibus.

Era quarta. Dia quente de verão. E aquela garota entrou no ônibus com óculos estilo Robocop, cabelo bagunçado, blusa feita por um amigo, ecobag, muita celulite e por fim, seu chinelo preto. Tão preto que era o último pé a ser olhado. Pé diferente. Chinelo diferente. Sem "frufrus", florzinhas ou estampas. Simplesmente preto. Andou até o fundo do ônibus à procura de um lugar para sentar enquanto todos a olhavam de um jeito esquisito. Encontrou um lugar do lado de uma menina que falava ao celular. "De repente, não mais que de repente", a menina questionou:
- Ei... é... por acaso você sabe se este ônibus passa no Terminal de Vila Velha?
- Nossa... não sei te dizer... desculpa. - disse a garota.
- Ah...
E perguntou para outro passageiro do ônibus que soube informá-la.
E numa fração de segundo a garota do chinelo singular contou uma história busão-humorística.
A menina riu e continuou a conversa.
Um minuto depois as duas estavam falando sobre manteiga.
No minuto seguinte o assunto era bairros..
E no outro, marmita.
E assim os minutos foram passando enquanto as duas conversavam num clima despojado.
A menina disse:
- Onde você mora?
- Moro no bairro República, e você?
- Ah, esquece. Deixa pra lá. Você não vai saber. - disse a menina.
- Talvez eu não saiba, mas tenta.
- Conduza. Você provavelmente já viu em alguma página policial.
- É... acho que eu não sei. Aonde fica?
- Hmm... Sabe São Pedro?
- Sei. - disse a garota.
- Então... fica... lá.
- Ah tá! São Pedro eu conheço, mas eu nunca ouvi falar em Conduza.
- Então, Conduza é ali em frente à Faesa.
- Ah tá.
- Você não é aquelas filhinhas de papai, né? - disse a menina.
- Hahaha. Não, claro que não.
- Ah, tá.
E aí a garota levantou, deu sinal e disse:
- Até o próximo ônibus!
A menina disse: - Até! Ah! Qual é o seu nome?
- Jéssica. E o seu?
- Ana Cláudia.
As portas do ônibus se fecharam e a garota já havia saído, com uma risada interna de uma sensação alegre.
A garota estranha fez uma amizade de ônibus. No caminho para o trabalho. Notou diferenças. Notou semelhanças. E lembrou por diversas vezes como é feliz com tudo o que tem.

quarta-feira, 3 de março de 2010

More.

Do more than exist - live.
Do more than touch - feel.
Do more than look - observe.
Do more than read - absorb.
Do more than hear - listen.
Do more than listen - understand.
Do more than think - ponder.
Do more than talk - say something.


Gene Brown.